Contactos

Category: Coaching

Algumas dicas para implementar bons hábitos: saudáveis e construtivos!

Os hábitos são aquelas atividades rotineiras que fazemos quase que automaticamente. Não pensamos se devemos ou não, simplesmente agimos.

Quando uma ação se transforma num hábito libertamos espaço mental para nos ocuparmos com outras tarefas, decisões, comportamentos, que precisam da nossa atenção.

Portanto, os nossos hábitos têm o poder de nos ajudar a colocar em prática ações importantes para o nosso bem-estar e produtividade, sem que tenhamos de estar constantemente preocupados em como e quando fazê-lo. Mas, como todos sabemos, nem sempre temos hábitos saudáveis ou construtivos no nosso dia a dia.

Para adotar e manter bons hábitos, siga essas dicas:

  • Defina com clareza o hábito que quer adotar. Só podemos nos empenhar de maneira coerente quando sabemos o que queremos.
  • A mudança comportamental precisa de repetição e consistência. Não desista à/s primeira/s tentativa/s e permita-se aprender com a experiência, de maneira a ajustar o seu plano de ação àquilo que melhor resulta para si. Teste diferentes maneiras (horário, local, duração,…) e comece gradualmente. Não tente mudar tudo de uma vez e nem de uma hora para outra. Isso não é sustentável!
  • Valorize as pequenas atitudes. Comece por uma pequena ação que, repetida muitas vezes, terá um impacto significativo ao longo do tempo. Ex: ao invés de alterar completamente a rotina alimentar, comece substituindo alguns itens menos saudáveis por itens mais saudáveis e que aprecia. Ao invés de começar com uma rotina de exercício muito intensa, comece por ser mais ativo, exemplo: subir as escadas ao invés de pegar o elevador, andar a pé sempre que possível (estacionando um pouquinho mais longe ou saindo do transporte numa estação anterior à habitual).
  • Comece com ações que acredite que são perfeitamente viáveis e relativamente fáceis para si, mesmo em dias mais complicados. Não desista antes de tentar!
  • Os hábitos são aperfeiçoados com o tempo. À medida que vai adotando novos comportamentos há um efeito composto. Ação puxa ação! Tenha paciência para ver isto acontecer!
  • Preste atenção na sequência de ações no seu dia a dia e perceba que sequência melhor viabiliza o seu hábito. Ex: ao acordar pode logo vestir o fato de treino para que, depois do pequeno-almoço, já esteja pronto para a sua rotina de exercícios.
  • Tenha pistas mentais para aquilo que deseja: se quer que a leitura seja um hábito na sua vida, então tenha livros que lhe apeteçam ler na sua mesa de cabeceira, na sua secretária, dentro da sua mala. Rodeie-se daquilo que procura!
  • Identifique os gatilhos para despoletar o comportamento desejado. Gatilhos são estímulos que eliciam o comportamento. Tome consciência e use os gatilhos a seu favor! Ex: sempre que ouve determinado estilo de música tende a ter mais motivação para fazer exercício, as tarefas domésticas, etc…
  • Lembre-se que cultivar novos hábitos, apesar de fora da sua zona de conforto, pode ser algo prazeroso. Utilize uma metodologia que lhe permita desfrutar do processo!

Referência

Clear, James (2018). Hábitos Atômicos. Editora Lua de Papel.

Partilhe:

Desafios

Os desafios são situações com as quais nos defrontamos e sabemos que é preciso encontrar uma resposta/saída/solução. A resposta é emocional, cognitiva e comportamental. Sendo necessário estabelecer um bom alinhamento entre estas três dimensões.

Por exemplo, as mudanças e crises no ciclo de vida, como a passagem da infância para adolescência e desta para a vida adulta, a escolha profissional, o casamento, o nascimento dos filhos, o divórcio, os momentos de mudança de carreira, o desemprego, o climatério, a reforma, as situações de doença, etc… são fases/momentos específicos que nos desafiam: exigem de nós adaptação. Temos de aprender um novo papel, de adotar uma nova atitude, de fazer novas escolhas ou de sustentá-las e, ao mesmo tempo, lidar e gerir emoções como o medo, a angústia, a ansiedade, a tristeza, a raiva, o entusiasmo, a esperança… as quais despoletam crenças e atitudes.

Nestas situações somos desafiados a atualizar o nosso modo habitual de pensar, sentir e agir e a encontrar uma forma construtiva de lidar com a nova etapa de vida, consequência de um balanço positivo entre os ganhos e as perdas oriundos da nova experiência.

Portanto, a nossa atitude mental faz toda a diferença na maneira como agimos diante de um desafio. Ou seja, o modo como interpretamos a situação: Ameaça ou Oportunidade?

Diante de uma ameaça a nossa preocupação é com aquilo que não podemos perder. Gastamos energia física e/ou mental oferecendo resistência ao processo de adaptação. Por outro lado, quando estamos diante de uma oportunidade, o nosso foco está naquilo que podemos ganhar. Tornamo-nos mais flexíveis e abertos à experiência, ao novo. Somos mais criativos. Investimos a nossa energia em nos adaptarmos o melhor possível, em retirarmos o melhor da experiência.

O Mindset de Crescimento, ideia desenvolvida no livro Mindset: A Atitude Mental para o Sucesso, de Carol S. Dweck, é um exemplo de um modo construtivo/positivo de encarar os desafios. O foco na aprendizagem, no crescimento, faz com que interpretemos os erros, as dúvidas e as dificuldades do caminho, do processo de adaptação, como oportunidades de desenvolvimento.

Ou seja, no fundo, com este Mindset em ação não temos qualquer dúvida de que seremos capazes de crescer com o desafio, de aprender com a nova experiência, mesmo que este desenvolvimento não esteja visível para nós ou para os outros no imediato.

Há muitos desafios que vivemos e para os quais só reconhecemos (e os outros reconhecem) o efeito positivo que tiveram em nós passado algum tempo. Quem exercita o Mindset de Crescimento mantém o foco no seu próprio potencial e no potencial construtivo do desafio. Não nos sentimos ameaçados pelo medo de já termos alcançado o nosso melhor. Acreditamos que somos sempre capazes de mais e queremos mais! O conforto vem do sentimento de crescimento e não da “falsa” segurança provocada pela inércia.

O foco no futuro desejado é mais importante do que a recompensa imediata. Este futuro desejado é construído mentalmente e serve de quadro de visão para alimentar a persistência, o otimismo e a resiliência. Fatores essenciais de serem cultivados nos momentos de desafio.

Por fim, vale lembrar o quão importante é a Autoconsciência na construção deste quadro de visão. Pois, sem sermos honestos connosco próprios e sem conhecermos exatamente o nosso ponto de partida (interno e externo) não saberemos identificar concretamente as diferentes rotas possíveis, para nós, de aprendizagem. Também é preciso exercitar a humildade, de modo a pedir ajuda, quando necessário! Conseguir vencer sozinho (sem ajuda) os desafios não faz de nós mais vitoriosos. Pelo contrário, ganhamos o prazer de reconhecer e agradecer àqueles que estiveram do nosso lado e com os quais também aprendemos e nos desenvolvemos!

Portanto, qual o seu desafio hoje?

O que sabe sobre ele?

O que sabe sobre si diante de situações como esta?

O que sabe que funciona? E o que não funciona?

Quais os seus recursos, internos e/ou externos?

Diante deste desafio, o que quer alcançar?

Quando?

Que opções têm diante de si?

Quem pode lhe ajudar?

Como saberá que venceu o desafio?

Como espera crescer com o mesmo?

Artigo também publicado em:

http://issuu.com/progredir/docs/revista_progredir_108/31

http://www.revistaprogredir.com/blog-artigos…/desafios

Partilhe:

Mudança: a única certeza que temos na vida!

O medo e o desejo de mudar fazem, ambos, parte da natureza humana. Mudamos todos os dias, o nosso corpo muda, as células renovam-se, o ar que respiramos muda… Se há uma certeza na vida é que não estamos imunes à mudança. Portanto, como podemos aceitá-la, enfrentá-la e aproveitá-la?!

A ideia da mudança pode para muitas pessoas trazer uma forte sensação de mal-estar, como se elas não fossem capazes de lidar com o novo, com o desafio e, em última instância, com o desconhecido.

Contudo, a proposta é que pensemos na mudança como algo com o qual estamos familiarizados. Mudamos todos os dias, desde que nascemos, entre essas mudanças há algumas que controlamos, há outras que não e, em todos os casos, somos levados a nos adaptar, a aceitar e à crescer a partir da mudança.

Não acredito que haja ninguém que não tenha obtido nada de bom ou útil com a experiência de mudar. Mesmo que as nossas expectativas não tenham sido correspondidas a 100%.

Por vezes, confundimos a frustração da nossa expectativa com o arrependimento acerca da mudança. Como se ela não tivesse valido de nada. Se exercitarmos a nossa perspetiva encontraremos algo de positivo na mudança. Podemos é não querer usufruir, reconhecer ou mesmo aproveitar este algo.

Pensar a mudança como uma oportunidade de desenvolvimento e de crescimento nos ajuda a perceber que ela não é uma ameaça. O balanço dos ganhos e das perdas não precisa de ser feito na lógica da dicotomia, mas sim, da transformação.

Como muitas mudanças podem ser decididas por nós, vale lembrar que este processo pode ser racionalizado, ou seja, pensado, planeado. E, no fundo, isto acontece mesmo que intuitivamente.

Antes de mudarmos, começamos a pensar sobre esta possibilidade. De seguida, elencamos alternativas, para posteriormente escolhermos um caminho e pormos em prática um plano de ação.

A questão é que por vezes nos culpamos ou questionamos a validade do nosso desejo de mudar, por acharmos que não deveríamos passar por nenhum tipo de recaída ou dúvida. No fundo esta também é uma fase que faz parte da mudança. Sentir-se ambivalente (querer e não querer), voltar atrás não são sinónimos de fraqueza. Só regredimos porque avançamos!

O importante é reconhecer aquilo que se sente e pensa e encontrar maneiras de resolver os dilemas aí presentes. Quando os mesmos se solucionam, entramos na fase de manutenção da mudança. Esta pode ser uma fase desafiadora, pois não está imune a novas recaídas ou a novos conflitos. Temos é de estar atentos a eles e conhecermos os seus motivadores e/ou gatilhos. O fundamental é sermos honestos connosco próprios para entendermos as nossas razões.

Para finalizar esta breve reflexão sobre a Mudança, vale lembrar que é comum as pessoas acharem que não têm o direito de mudar, que não podem mais mudar ou que não há alternativas. Ainda há aquelas que dizem não saberem o que querem ou que caminho seguir. Isto tudo é normal e precisa de ser ouvido. Por trás de muitas destas falas, há medos e crenças sobre a mudança e sobre a própria capacidade de lidar com as consequências da mudança que merecem ser desvelados pela própria pessoa.

Mudar é um ato natural, que envolve coragem, perspetiva, prudência, criatividade, flexibilidade, honestidade…. Entre muitas outras forças e qualidades humanas que estão dentro de nós à espera de serem exploradas e utilizadas!

Partilhe:

O que é Coaching, afinal?

Coaching é um processo estruturado de reflexão-ação que parte da situação atual e tem como propósito o alcance do objetivo trazido pelo Coachee. O Coach tem o papel de facilitador neste processo.

O objetivo em Coaching deve ser SMART (específico, mensurável, alcançável, relevante e temporizável). É, no fundo, aquilo que se quer alcançar, via planos de ação, com o Coaching.

As estratégias para se atingir o objetivo são trabalhadas no momento em que se formula cada plano de ação nas sessões de Coaching. O plano não é prescrito pelo Coach. Só o Coachee sabe o que é viável para si tendo em conta o seu contexto e os seus recursos. Daí a importância da reflexão em Coaching. É esta reflexão que dará indicação do melhor caminho a percorrer rumo ao progresso.

No momento da construção do plano são elencadas todas as opções disponíveis e viáveis e a formulação deste começa com a escolha de uma tarefa, definida em termos de o que, como e quando.  Estas tarefas do plano referem-se a comportamentos específicos. Em cada sessão de Coaching um novo plano é re/desenhado, o que manterá o Coachee em movimento para continuar o seu caminho evolutivo, cujo foco é  o seu objetivo.

O caminho em Coaching pode sempre ser alterado, caso o Coachee considere necessário reavaliar as suas estratégias ou seu objetivo. Ter flexibilidade em Coaching para considerar outras alternativas, quando algo não está a funcionar ou quando a situação atual se altera, é fundamental. Novas circunstâncias na vida do Coachee podem, inclusive, exigir a redefinição do objetivo.

Usando uma metáfora simples para compreendermos isto: o objetivo é o destino final da viagem. O plano de ação é a trajetória escolhida. Exemplo: quando colocamos uma morada no google maps temos várias opções de trajetórias e de meios de locomoção. A alternativa que escolhermos é aquela que vamos seguir. Entretanto, as outras opções continuam válidas e pudemos optar por alguma delas a qualquer momento, lembrando que neste caso, o tempo do percurso será recalculado e os recursos necessários poderão mudar.

A análise do passado em Coaching  é outro ponto que pode ser muito útil à reflexão: pois do passado  retiram-se aprendizagens e identificam-se recursos. Este é o mindset do Coaching.

Como fazemos isto?

Através de perguntas como: o que já aprendeu sobre isto? O que retira desta experiência? O que já fez bem e pode aplicar nesta situação agora? O que não fez tão bem e hoje sabe que não vale mais a pena repetir? O que pode fazer diferente a partir de agora? Etc…

Por fim,  vale lembrar que Coaching é autorresponsabilização e este princípio deve estar presente em todas as fases do processo. Por isso, é muito importante explicar como funciona o Coaching. Muitas vezes, confunde-se funcionamento com eficácia. O Coaching só será eficaz se o Coachee introjetar este funcionamento, se operar durante o processo se responsabilizando pelo mesmo, por suas decisões e ações.

 

Partilhe: