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Category: Psicologia Clínica

O que é ser Competente Emocionalmente?

Ser inteligente emocionalmente, ter o potencial de traduzir bem sentimentos em si mesmo e/ou no outro não significa necessariamente que se é competente, no que diz respeito a esta habilidade.

Ser competente em termos emocionais significa ser capaz de pensar, perceber e, a partir disto, gerir os próprios sentimentos, emoções (e atitudes), incluindo o compreender a linguagem emocional do outro – a qual é fundamentalmente não verbal.

Essa capacidade de alinhar aquilo que se diz àquilo que se demonstra gestualmente, através de pequeninas expressões, ricas de mensagens emocionais (direção do olhar, qualidade do sorriso, posição do corpo, ritmo respiratório, etc) é uma grande habilidade, que exige prática, a qual inclui, segundo Daniel Goleman, alguns elementos fundamentais: autoconsciência, autocontrolo, consciência social e manejo das relações.

Autoconsciência
A autoconsciência diz respeito ao conhecimento de si, dos próprios pensamentos, motivações, atitudes e afetos. Quantas vezes são feitas e ditas coisas completamente contrárias àquilo que verdadeiramente se acredita ou se sente, porém sem qualquer consciência desta discrepância.

Autocontrolo
O autocontrolo se refere à capacidade de se conter, no sentido de reconhecer o que se sente e, mesmo diante de um grande desconforto ou de uma grande alegria, pensar e agir conforme o que se pretende como razoável/ajustado à situação e objetivos da pessoa.

Consciência Social
A consciência social é a habilidade de perceber que o outro também possui um mundo mental, cheio de emoções, pensamentos, desejos e expectativas. Não somos todos movidos e mobilizados pelas mesmas interpretações do mundo.

Manejo Eficaz
O manejo eficaz das relações é o resultado do exercício de todas as habilidades acima destacadas. Significa a capacidade de diálogo sincero, porém respeitoso. É o saber se colocar sem culpabilizar, sem intimidar, sem se vitimizar… É o estar presente “de corpo e alma” demonstrando interesse e boa vontade para encontrar uma solução sincera e construtiva.

Somente com autoconhecimento, autocontrolo e consciência social é possível, verdadeiramente, se tornar competente emocionalmente e, como todas as outras competências, esta também precisa de apoio, instrução, desafio e experiência.

Sugiro o seguinte exercício para desenvolver a competência emocional:

Durante uma semana preste atenção em si mesmo e numa folha papel, dividida em três colunas, tome notas:

Na primeira coluna, de tudo aquilo que pensa ou sente, mas que considera difícil de conter (de perdoar, de aceitar, de controlar).

Na segunda coluna, escreva ao lado de cada emoção ou pensamento, que consequências a expressão irrefletida/impulsiva desses conteúdos poderia ter no seu contexto de vida.

Na terceira coluna, escreva o que diria, sentiria ou viveria se isto não lhe mobilizasse tanto. Como agiria, após ponderar as suas emoções e pensamentos?

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Qual o limite do positivo?

Num mundo onde tudo tem de ser positivo, devemos pensar positivo, sentir positivo, como sermos verdadeiramente honestos com a nossa humanidade? A nossa psicodinâmica não é positiva nem negativa, é complexa. E é o reconhecimento disto que nos permite pôr em ação o desenvolvimento pessoal.

Tem me angustiado muito o apelo sem crítica à atitude positiva, como se pudéssemos apertar um botão dentro de nós, de acordo com as indicações de um outro, e simplesmente anular todos os conflitos, todas as questões individuais, que surgem com base no vivenciar da nossa própria história de vida.

Subscrevo integralmente o Dr. Micheael Mahoney no seu livro Processos Humanos de Mudança – As bases científicas da psicoterapia, quando nos ensina que “(…) ajudar é consideravelmente mais desafiador do que muitos livros e manuais de tratamento possam admitir. As miraculosas soluções prometidas pelas prescrições de felicidade populares são frequentemente um insulto à dor, à luta e à perseverança demonstrada por muitos clientes de psicoterapia.”

O perigo do culto cego ao positivo está no silenciar da dor, das dificuldades, das dúvidas, pois se nem no âmbito do desenvolvimento pessoal, que é íntimo e confidencial, pudermos falar sem censura e ser escutados, independentemente do conteúdo, como cresceremos e alcanceremos mais saúde mental?

Não adianta explorar potenciais, quando há uma bagagem imensa de culpa e hostilidade relacionada com os mesmos. Os consultórios não se podem tornar mais um local onde os clientes vão dizer aquilo que o outro, terapeuta, espera ouvir. O ambiente clínico e a relação terapêutica são muito mais desafiadores do que o mero incentivo à autenticidade, conforme os ideais do terapeuta, e envolvem um trabalho conjunto e árduo de escuta e de acolhimento.

Somente confrontando-nos com os nossos erros e dificuldades, reconhecendo-os e compreendendo-os, teremos mais força e resiliência.
Portanto, como terapeutas, não calemos a dor.

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A Felicidade nas Relações Amorosoas

A felicidade nas relações amorosas pode ser interpretada de muitas maneiras, mas de modo geral espera-se que:

A felicidade seja um estado de satisfação, em que predominam afetos positivos (como alegria, prazer e conforto) e/ou

A felicidade significa um conjunto de experiências e atitudes que levam ao crescimento pessoal e do casal, à partilha e construção de significados, à autenticidade da relação e a um projeto de vida comum.

O ideal é que uma relação saudável englobe as duas dimensões: a dimensão da satisfação, pois é preciso que a relação seja boa de ser vivida, seja fonte de prazer, de alegrias, de tranquilidade, assim como é fundamental que englobe a dimensão do crescimento. Esta segunda dimensão, alimentada por certos nutrientes, relacionados com o desenvolvimento psicológico do casal, promoverá a sua longevidade construtiva.

Mas, antes de entender quais são esses ingredientes, é preciso perceber que cada relação é única e que cada casal construirá a sua própria história, com base em características pessoais, experiências, objetivos e desafios partilhados.

Uma relação feliz é, no fundo, uma relação florescente, que promove o desenvolvimento daquilo que há de melhor em cada um dos envolvidos. Fortalecendo, assim, verdadeiramente os laços de amor num sentido mais amplo. Ao longo da vida a dois existirão, inevitavelmente, dificuldades, que podem ser percebidas ou como um empecilho para a felicidade ou como fonte de união, de descoberta recíproca, de crescimento. Cada casal e cada pessoa na relação decidirá como interpretar esses momentos.

As relações íntimas na vida adulta, que acontecem principalmente no âmbito das relações amorosas, oferecem a rica oportunidade de conhecer mais verdadeiramente o outro e também de dar a conhecer-se em profundidade. Trata-se de uma parceria que tem todo o potencial para ser forte, segura, rica de significados e feliz! Para isso acontecer, ambas as partes devem estar disponíveis.

Esta disponibilidade verifica-se quando demonstramos:

Dedicação

Quando dedicamos o nosso tempo ao outro, prestando atenção naquilo que ele tem a dizer, no que deseja partilhar, disponibilizando a nossa companhia. Surpreendendo-o com pequenos gestos de carinho no dia a dia.

Interesse

Quando estamos verdadeiramente empenhados em conhecer o outro, aquilo que ele gosta, o que ele faz, o seu dia a dia, os seus medos, receios, insatisfações, alegrias, a sua história. Para cultivar o interesse, é preciso ter tempo para o diálogo, sem que este seja constantemente perturbado pelo telemóvel, pelas rede sociais, pela televisão…

Confiança

A confiança  é fruto do respeito ao que se é combinado. Todos os casais tem as suas regras de funcionamento e é preciso respeitá-las. É fundamental ser coerente e agir conforme o que se fala.

Companheirismo

Estar junto do outro quando sabemos que ele espera pela nossa companhia e apoio. Demonstrar interesse em partilhar este momento.

Paciência

Entender que todos nós nem sempre estamos bem dispostos e que cada um tem o seu tempo para se realinhar. Tentar perceber como o outro funciona e procurar respeitar esse limite. Às vezes, são pequeninas coisas pelas quais não vale a pena se chatear, pois o lado bom da relação é imenso. Quanto mais alimentamos um padrão de reclamação, mais ele cresce e menos espaço sobra para vermos quanto tempo e energia perdemos com implicâncias. O outro também perceberá isso quando mudarmos de atitude.

Bom humor

Dar boas gargalhadas juntos faz muito bem a qualquer relação. Cultivar momentos de espontaneidade e brincar, até com os problemas, só traz alívio e cumplicidade.

Abertura

Estar disponível para experimentar coisas novas, sem julgar, sem criticar, sem levantar barreiras a priori. Entender e acolher aquilo que o outro ou você mesmo deseja.

Empatia

Colocar-se no lugar do outro e tentar perceber a sua perspectiva das coisas. Somos todos diferentes e nem sempre sentimos e reagimos da mesma maneira.

Autoconhecimento

Tentar compreender melhor o que se passa connosco interiormente, antes de partilhar de modo impulsivo os nossos sentimentos e pensamentos. Mais vale refletir e se perceber a si mesmo, ao invés de agredir, acusar, criticar, pois muitas vezes estamos a descarregar e a projetar questões que são nossas.

Carinho e gentileza

Estas atitudes tem que ser um hábito. Não podemos relaxar e descuidar do outro, da relação. Prestar atenção no próprio tom de voz, no uso de imperativos, nas próprias posturas, pois o corpo também fala e muitas vezes estamos a dar as costas ao outro sem perceber.

São tantos os ingredientes necessários para a felicidade conjugal que só o amor apaixonado não basta.

O desejo de ser feliz para sempre é um ideal que pode e merece ser cultivado no dia a dia, com muito empenho e com atitudes, maduras e transformadoras!

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O papel da gratidão no desenvolvimento pessoal

A Psicologia Positiva é uma nova área de estudo da ciência psicológica, que tem como especificidade o foco no desenvolvimento do potencial humano.

Afinal, todos nós podemos ser melhores do que somos!

Porém, ao longo da nossa história, segundo a Psicologia Positiva, adoptamos uma certa passividade no que se refere à tomada de consciência acerca das nossas reais forças e virtudes, sobre o que verdadeiramente nos faz sentir bem, nos alimenta a “alma” e nos faz crescer como pessoas, dotadas de desejos, vocações e sonhos.

Acostumamo-nos a considerar a queixa como um estado natural da condição humana, sem dar a devida atenção aos efeitos nocivos de tal mentalidade.

Habituamo-nos a esperar “sentados” que o outro mude, que o “milagre” aconteça e pouco ou quase nada nos indagamos sobre os significados implícitos/explícitos das nossas atitudes, da nossa dificuldade de pensar diferente, de fazer diferente e de nos responsabilizarmos pelas nossas decisões/omissões/adiamentos….

Além disso, temos pouca prática em perceber, reconhecer e valorizar aquilo que de bom nos acontece no quotidiano. Temos uma certa tendência a focar nas situações negativas, a lembrar delas como marcos na nossa história.

Contudo, podemos transformar este nosso olhar.

O exercício das 3 Bênçãos, que é em essência um exercício de Gratidão, é um bom ponto de partida para praticarmos esta capacidade de detectar e dar valor a tudo que de positivo nos acontece.

Como o exercício das 3 Bênçãos pode ajudar o nosso desenvolvimento pessoal?

Este exercício nos ajuda a reflectir sobre a nossa capacidade de apontar e ver no outro, isto é, fora de nós (e em nós) aquilo que consideramos importante. O objectivo é desenvolvermos e ampliarmos a nossa capacidade de foco para aquilo que de positivo nos acontece (e podemos fazer).

A proposta é tomar notas, durante uma semana, de três situações/vivências boas ocorridas diariamente. Podem ser situações muito simples, pequenos gestos espontâneos que nos fazem sentir bem ou ver algum sentido nas nossas vidas, mesmo que por alguns segundos.

Juntamente com este ampliar de consciência para o que acontece à nossa volta, este exercício oferece-nos uma oportunidade muito valiosa: é para esta oportunidade que chamo aqui a atenção e considero que este é o seu principal potencial transformador.

Ou seja, através desta simples tarefa, podemos olhar de coração aberto, sem desculpas, para tudo aquilo que escrevemos, como experiências positivas e saudáveis, e perguntar, com toda a sinceridade, se também praticamos estas atitudes.

Se quisermos fazer a diferença e crescer, precisamos começar a promover mudanças em nós, com toda a coragem, colocando em ação tudo aquilo que já sabemos, por experiência, que funciona!

Fica, então, aqui a dica: olhe para si e desenvolva-se!

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Necessidades Psicológicas Básicas

Segundo a Teoria da Auto-Determinação, há necessidades psicológicas humanas universais: as necessidades de Competência, Autonomia e Relações de Pertença.

Esta é uma teoria motivacional, que explica as razões para o comportamento humano.

Quanto mais  competentes, autónomas e vinculadas positivamente estiverem as pessoas, melhores resultados serão obtidos a nível de bem-estar, saúde, produtividade e relacionamentos.

A Competência se refere à capacidade de lidar com os desafios internos e externos, vencendo obstáculos de modo a alcançar um maior crescimento e desenvolvimento pessoal. É uma necessidade fundamental, que leva à adopção de uma postura activa no que se refere ao próprio curso de vida.

A Autonomia é uma necessidade um tanto mais complexa, na medida em que diz respeito à capacidade de agir, pensar e sentir de maneira coerente com o eu autêntico. Ou seja, não adianta fazer escolhas aparentemente voluntárias, quando na verdade elas são fomentadas pelo medo da repreensão, do julgamento, pela expectativa da recompensa, pelo desejo de aceitação ou de conformidade.

A condição verdadeiramente autónoma é aquela em que as escolhas baseiam-se em motivações intrínsecas e não extrínsecas. Ou seja, age-se e decide-se porque o objectivo é valorável por ele mesmo, é coerente com os valores internos mais profundos da pessoa e não visa nada a além da sua própria realização.

A maturidade psicológica necessariamente leva a um grau de autonomia mais independente, o qual precisa estar em sintonia genuína com o processo de individuação humano, que é único, exclusivo e intransferível.

As relações de pertença, por sua vez, são uma necessidade psicológica básica porque sem o outro não nos construímos. Precisamos dele para nos espelhar, quando somos pequeninos, e necessitamos de vínculos construtivos para nos apoiar e oferecer suporte, na medida em que crescemos e nos desenvolvemos.

Sem a confiança e o “olhar” amável do outro e vice-versa ficamos enfraquecidos e desnutridos emocionalmente. Afinal, somos seres sociais que sobrevivem quando partilham, protegem-se e ajudam-se mutuamente.

Tomar consciência do modo como estas necessidades estão ou não satisfeitas em cada um de nós é fundamental para iniciarmos um processo de transformação e descoberta pessoal.

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Desenvolver as forças de carácter e desabrochar virtudes!

Para a Psicologia Positiva é importante conhecermos as nossas forças de carácter, pois é através da vivência e desenvolvimento delas que podemos desenvolver as nossas virtudes.

Todos nós temos potencialmente 6 grandes virtudes: 1. Sabedoria e conhecimento; 2. Coragem; 3. Humanidade; 4. Justiça; 5. Temperança; 6. Transcendência.

Cada uma destas virtudes pode ser desenvolvida com o exercício diário de algumas qualidades/forças!

1. Para desenvolver a sabedoria e o conhecimento, permita-se ser:

Criativo

Curioso

Tenha uma menta aberta

Goste de aprender, descubra coisas novas e aprimore tudo aquilo que pode fazer melhor

Experimente ver as situações através de diferentes perspectivas

2. Para exercitar a Coragem seja:

Honesto com o outro e consigo mesmo

Seja persistente com relação aos seus desejos e objetivos: trabalhe por eles

Saboreie os pequenos momentos e acredite no potencial construtivo da vida

Acredite que tem força e energia para vencer os desafios: as intempéries passam e dias melhores sempre virão

3. Para desenvolver a sua Humanidade:

Valorize aqueles que estão à sua volta e estabeleça relações de confiança

Tenha empatia, coloque-se no lugar do outro e tente perceber como ele se sente e quais são os seus motivos

Exercite a inteligência social, seja prestativo e amável: experimente sorrir ao invés de resmungar

Seja consciente dos seus próprios sentimentos e motivações

4. Para exercitar a Justiça:

Tenha atitudes de civilidade: respeite o outro e o ambiente

Lembre-se que os seus direitos e deveres também se aplicam ao outro

Colabore para uma vida comunitária mais saudável

Trate a todos com respeito e dignidade

Tenha iniciativa e faça você a sua parte, mesmo que em algumas situações nem todos estejam a colaborar

5. Para ter mais Temperança:

Relativize algumas situações e tente perdoar, lembre-se que o outro tem dificuldades e nem sempre consegue ser ou fazer aquilo que você espera

Seja modesto, lembre-se que você tem qualidades e defeitos

Seja prudente, controle a impulsividade todas as vezes que perceber que ela não será construtiva

Respire fundo e pense com calma: tudo passa

Seja otimista

6. Para alcançar a Transcendência:

Aprecie a beleza: da vida, da natureza, dos gestos…

Seja grato, há sempre algo que nos faz sentir abençoados

Tenha esperança e fé.

Depois de entrar em contacto com todas estas dimensões, o que pode melhorar em si?

Boas reflexões e que tragam crescimento!

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Psicoterapia e autoconhecimento

Sempre houve uma associação entre psicoterapia e doença mental.

Quem vai ao psicólogo no imaginário do senso comum é alguém que tem problemas emocionais, ou ainda um casal, uma família, que tem algum tipo de perturbação.

Esta falsa compreensão impediu durante muito tempo que as pessoas buscassem ajuda psicológica.

Os sentimentos de fracasso pessoal e vergonha eram uma barreira que mantinha a pessoa/casal/família em sofrimento.

O medo do estigma, daquilo que os outros podiam pensar/julgar falava mais alto, sendo preferível enfrentar os problemas sozinho(s).

Porém, a psicoterapia não trabalha apenas com o alívio da dor psíquica, mas com o autoconhecimento.

Este é um trabalho que envolve muita coragem para questionar a si mesmo, a própria história, os  afectos, o padrão habitual de reagir aos eventos e desafios da vida.

É mergulhando em nossa linha do tempo que podemos encontrar os nossos pontos frágeis e os mais fortes (e isso se aplica aos casais e às famílias também), redescobrindo potenciais muitas vezes adormecidos e desenvolvendo qualidades que antes imaginávamos, em função do medo de fazê-las desabrochar, impossíveis de serem vividas.

Faço um alerta para aqueles que assim se pensam: a nossa biografia nunca será simples e predestinada, pois o nosso mundo mental é  rico de percepções, afetos e significados únicos, capazes de dar um novo rumo à nossa história sempre que assim o desejarmos.

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